Olá, queridoa(a) leitora(a)!
Eu ainda faço parte da equipe deste blog, apesar de ter passado longos meses sem alimenta-lo. Perdoem-me por ter faltado com vocês… são tantos cursos, aulas de pós graduação, congressos e responsabilidades diárias que, temporariamente, me ausentei daqui. Tentarei compensa-los com informações superatuais, ok?
Hoje, lhes apresento o resultado de um artigo publicado em 2018, por um grupo indiano, que buscou correlacionar a síndrome dos ovários policísticos e a hipovitaminose D.
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é o distúrbio endócrino mais comum em mulheres na faixa etária reprodutiva. Em todo o mundo, a prevalência de SOP varia de 2,2% a 26%. As características clínicas deste distúrbio incluem irregularidades menstruais, hiperandrogenismo (com manifestação de seborreia, acne, hirsutismo e alopecia) e infertilidade. Também pode estar associado a altos níveis de colesterol, hipertensão, obesidade e síndrome metabólica. Mulheres com SOP correm maior risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Se você quiser relembrar porque a SOP está relacionada à alopecia, leia este e este outro texto do Blog Tricologia Médica, escritos pelo nosso mestre ilustríssimo Dr Ademir Jr.
E onde entra a vitamina D? Você já deve ter ouvido falar sobre a pandemia de deficiência desta vitamina. Estima-se que um bilhão de pessoas em todo o mundo são vitamina D deficientes ou insuficientes. Sobre o quanto ela é importante para o crescimento capilar você pode ler aqui.
No artigo em questão, um total de 256 mulheres inférteis do sul da Índia com diagnóstico de SOP foram incluídas no estudo. A prevalência de deficiência de vitamina D (<20 ng/ml) foi de 70,3%. A insuficiência de vitamina níveis normais de vitamina D (>30 ng/ml). Sendo assim, a hipovitaminose D (<30 D (20 – 30 ng/ml) foi prevalente em 20,3% e apenas 9,4% mulheres com SOP tinham ng/ml) representou 90,6% da população do estudo.
Ou seja, mulheres com diagnóstico de SOP têm maior chance de apresentar hipovitaminose D e isso pode contribuir para a manifestação da alopecia. Fica o alerta para a necessidade de doseamento (e, se necessário, reposição) da vitamina D, não só nesse perfil de paciente, mas em todos que experienciam a queda ou afinamento capilar.
Fonte: K.D. Mogili et al. / European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology 229 (2018) 15–19
Profa. Tatiele Katzer
Farmacêutica (CRF-RS 14858)
Doutoranda em Nanotecnologia Farmacêutica (UFSM)
Mestre em Ciências Farmacêuticas (UFRGS)
Tricologista pela International Association of Trichologists (IAT)
Pós graduada em Farmácia Estética
Membro do Conselho da Academia Brasileira de Tricologia (ABT)